Céu
Eu viajei, busquei lá no Universo
meu grande amor, a minha companhia,
que ´não vivesse só de fantasias,
mas pertencesse às tramas do meus versos.
Vaguei em trilhas e astros bem diversos;
abracei mil estrelas, mas não via
a musa para a minha poesia,
mesmo num mundo lindo, estando imerso.
Um reino encantador, lindas estradas,
mas ali não vivia a minha amada,
aquela que minh’alma sempre quis.
Perdi meu tempo, meus anos de vida.
Pouco interessa estrada colorida.
Não achei meu amor, não fui feliz.
Terra
Aqui na Terra, que lugar bendito!
Mundo de amor, sonhos, ilusões,
mergulhado em constantes emoções,
eu quase escrevo um verso bem bonito.
E falta pouco para um grande grito,
de vitória, soltar às multidões.
Sou envolvido, sempre, em turbilhões,
aqui, no paraíso dos aflitos.
Segue o globo girando lentamente,
eu no meio, envolvido, inconsequente,
em certos fatos como um aprendiz.
Mas eu não gosto dessa faculdade,
sempre mergulhado na saudade.
Eu perdi meu amor, não fui feliz.
Mar
Águas revoltas, lindas, mas dão medo.
Não nos dão segurança ao viajar,
pois nosso barco pode soçobrar
se tentar avançar nos seus segredos.
Pode surgir, à frente, algum rochedo.
Difícil, bem difícil, contornar.
Mistérios? Impossível decifrar,
Não tente mergulhar, nem por brinquedo.
Pode o tempo passar, mas cada história,
Do mar, a gente guarda na memória.
No peito, da saudade, a cicatriz.
Seria muito bom se certo dia,
pudesse, nem que fosse em poesia,
encontrar meu amor e ser feliz.
Gilson Faustino Maia